Hoje, quero bater um papo sincero sobre algo que todos nós já enfrentamos em algum momento: aquele desejo de querer que alguém enxergue algo que parece tão claro para nós, mas que, de alguma forma, escapa da compreensão do outro. Quem nunca viveu isso, não é mesmo? Vamos explorar essa dinâmica juntos e descobrir como o tempo e a abertura são fatores-chave.

Sabe quando tentamos dividir um conhecimento ou uma experiência que marcou nossa vida com alguém e parece que estamos falando em outra língua? É como se as palavras simplesmente não se encaixassem na mente da pessoa. Às vezes, a gente quer tanto ajudar, compartilhar o que aprendemos, mas nem sempre a outra pessoa está no mesmo lugar para entender o que estamos falando.

É frustrante, confesso. Queremos tanto fazer diferença na vida dos outros, mas é importante lembrar que cada pessoa tem seu próprio tempo de aprendizado e crescimento. O que parece óbvio para nós pode não ser tão claro para o outro, e isso está tudo bem.

Vem à mente aquela passagem da Bíblia, em Coríntios, sobre o leite e o alimento sólido. Isso nos lembra que assim como um bebê não começa a vida com comida sólida, também há momentos na nossa jornada em que não estamos prontos para absorver certos conhecimentos. É como tentar dar um bife para um bebê que ainda nem tem dentinhos – a intenção é boa, mas não é o momento certo.

Cada um de nós tem seu próprio ritmo de crescimento, e isso é totalmente normal. É essencial lembrar que, mesmo que a gente queira compartilhar nossas percepções e aprendizados, precisamos respeitar o tempo de assimilação do outro. Jogar um monte de informações profundas em alguém que ainda não está preparado pode causar mais confusão do que esclarecimento.

Uma das formas mais poderosas de inspirar as pessoas ao nosso redor é através do exemplo, do brilho dos nossos próprios olhos quando estamos felizes e crescendo. Conforme seguimos nossa jornada de autodescoberta e transformação, isso irradia uma energia que pode, com o tempo, acender a chama da curiosidade e do desejo de aprender naqueles que nos cercam.

Então, fica o lembrete: o tempo é um presente. As sementes de conhecimento que plantamos podem germinar em momentos diferentes para cada pessoa. Às vezes, é importante deixar de lado aquela urgência de querer que todos vejam as coisas como a gente vê. Afinal, atirar pérolas para os porcos não ajuda ninguém – nem eles, nem a gente. Isso quer dizer que, jamais devemos entregar uma riqueza nossa a quem não sabe cuidar dela. 

Deixe sua luz brilhar, saiba que o momento certo chegará e que as conexões acontecerão de forma natural. Respeitar o tempo de cada um é uma forma de amor e compreensão, tanto para os outros quanto para nós mesmos.

Um abraço carinhoso,

Maíra Cardi